A prática da leitura é importante sempre. Inspire -se e leia o maravilhoso texto de Luís Fernando Veríssimo :
Ler
Ler é o melhor remédio.
Leia jornal...
Leia outdoor...
Leia letreiros da estação do trem...
Leia os preços do supermercado...
Leia alguém!
Ler é a maior comédia!
Leia etiqueta jeans...
Leia histórias em quadrinhos...
Leia a continha do bar...
Leia a bula do remédio...
Leia a página do ano passado perdida no canto da pia enrolando chuchus...
Leia a vida!
Leia os olhos, leia as mãos. Os lábios e os desejos das pessoas...
Leia a interação que ocorre ou não entre física, geografia, informática, trabalho, miséria e chateação...
Leia as impossibilidades...
Leia ainda mais as esperanças...
Leia o que lhe der na telha...
...mas leia, e as ideias virão!
Ler é o melhor remédio.
Leia jornal...
Leia outdoor...
Leia letreiros da estação do trem...
Leia os preços do supermercado...
Leia alguém!
Ler é a maior comédia!
Leia etiqueta jeans...
Leia histórias em quadrinhos...
Leia a continha do bar...
Leia a bula do remédio...
Leia a página do ano passado perdida no canto da pia enrolando chuchus...
Leia a vida!
Leia os olhos, leia as mãos. Os lábios e os desejos das pessoas...
Leia a interação que ocorre ou não entre física, geografia, informática, trabalho, miséria e chateação...
Leia as impossibilidades...
Leia ainda mais as esperanças...
Leia o que lhe der na telha...
...mas leia, e as ideias virão!
Poderá gostar também do Poema de Ricardo Azevedo. Muito interessante!
Aula de leitura
A leitura
é muito mais
do que decifrar palavras.
Quem
quiser parar pra ver
pode até
se surpreender:
vai ler
nas folhas do chão,
se é
outono ou se é verão;
nas ondas
soltas do mar,
se é hora
de navegar;
e no
jeito da pessoa,
se
trabalha ou se é à-toa;
na cara
do lutador,
quando
está sentindo dor;
vai ler
na casa de alguém
o gosto
que o dono tem;
e
no pelo do cachorro,
se é
melhor gritar socorro;
e na
cinza da fumaça,
o tamanho
da desgraça;
e no tom
que sopra o vento,
se corre
o barco ou vai lento;
também na
cor da fruta,
e no
cheiro da comida,
e no
ronco do motor,
e nos
dentes do cavalo,
e na pele
da pessoa,
e no
brilho do sorriso,
vai ler
nas nuvens do céu,
vai ler
na palma da mão,
vai ler
até nas estrelas
e no som
do coração.
Uma arte
que dá medo
é a de
ler um olhar,
pois os
olhos têm segredos
difíceis
de decifrar.
Poema
extraído do livro: AZEVEDO, Ricardo. Dezenove poemas desengonçados. São Paulo:
Ática,1999.
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